Bancada pressiona por empréstimo
01/07/2008
Senadores gaúchos tentam acordo para priorizar transação com Bird
A bancada gaúcha no Senado pressiona para que seja votada ainda hoje a autorização do empréstimo de US$ 1,1 bilhão junto ao Banco Mundial (Bird).
Embora três projetos de lei com urgência constitucional tranquem a pauta de votação, os parlamentares tentam um acordo de líderes partidários para priorizar o aval ao financiamento.
Um dos argumentos é de que a medida não beneficiaria apenas o Estado. Na última sessão da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), cinco Estados tiveram os seus pedidos aprovados, e agora esperam o aval do plenário.
- Estamos fazendo de tudo para votar o projeto de empréstimo o quanto antes. Somente em último caso, deixaremos para quarta-feira - afirma Paulo Paim (PT).
Auxiliados pela Secretaria da Fazenda, os três senadores gaúchos passaram o dia de ontem empenhados em sensibilizar os colegas. Por telefone, Paim conversou com o presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), que se comprometeu em ajudar o Estado. A missão de Sérgio Zambiasi (PTB) foi angariar junto ao líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), a garantia de que a proposta seja colocada na ordem do dia. A intenção é conseguir um acordo de líderes para que o empréstimo seja apreciado assim que os projetos pendentes forem votados.
No pacote dos financiamentos internacionais, o caso gaúcho está em quinto lugar. Os senadores também tentam um acordo de líderes para inverter essa ordem. O secretário estadual da Fazenda, Aod Cunha, desembarca hoje em Brasília para auxiliar nas negociações.
- Vamos para a reunião de líderes determinados a impedir qualquer atraso. Toda a briga é para votar logo esse empréstimo - avisa Pedro Simon (PMDB).
O que mais preocupa os gaúchos, no entanto, é a polêmica em torno de uma das propostas que aguardam votação. Já aprovado na Câmara, um projeto de lei que determina um regime de tributação unificado para as pessoas que comercializam produtos do Paraguai, os chamados sacoleiros, divide o Senado. Como não há acordo, a discussão pode se arrastar, atrasando as demais votações.
- Vamos conversar com Tasso Jereissatti (PSDB-CE), que é o relator, para tentar uma saída - adianta Zambiasi.
Fonte: Zero Hora
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