Um teto para os salários
24/04/2008
De hoje até terça-feira, o governo vai tentar negociar com a Assembléia a apresentação de um substitutivo à emenda do deputado Daniel Bordignon (PT) que institui subtetos diferenciados para cada poder no Estado. O Palácio Piratini defende o teto único de R$ 22.111, com dois argumentos principais: que o limite único facilita o corte do valor excedente e que os servidores do Executivo não podem ser tratados como se fossem inferiores aos do Judiciário.
Hoje, nem o governo nem a oposição têm 33 votos para aprovar os tetos que defendem. Pela proposta de Bordignon, o salário máximo no Executivo seria equivalente ao de governador. No Legislativo, igual ao do presidente da Assembléia. Pelo projeto do petista, o subsídio do governador, do vice e dos secretários será definido pela Assembléia, a partir de um projeto da Mesa Diretora - parte que é aceita pelo Palácio Piratini.
Chefe da Casa Civil, Cézar Busatto diz que, para o governo, o importante é aprovar um limite, mesmo que seja o proposto pela oposição. Ainda que seja aprovado o teto de R$ 22.111, o salário da governadora, hoje congelado em pouco mais de R$ 7 mil, deverá ser equiparado ao do presidente da Assembléia (R$ 17,6 mil). Os secretários passarão a ganhar o mesmo salário de um deputado - R$ 11,5 mil brutos.
Em entrevista à Rádio Gaúcha, Yeda disse ontem que não irá se constranger se a Assembléia aumentar seu salário e o dos secretários:
- O que eu quero é botar ordem nos salários.
Ontem, o PT contava com 30 votos dos 33 necessários para aprovar a emenda constitucional, mas como o PP decidiu votar fechado com o governo, a tendência é passar o teto de R$ 22.111. O PT considera esse valor um "superteto" e, se for essa a cifra, irá explorar politicamente o tema, acusando o governo de se negar a reduzir a distância salarial entre os que ganham mais e os que ganham menos.
Fonte: Rosane de Oliveira - Zero Hora
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