A um passo do bilhão
01/04/2008
Banco Mundial reforça expectativa sobre empréstimoO primeiro e o segundo homem na hierarquia do Banco Mundial (Bird) deram à governadora Yeda Crusius motivos para acreditar que, até o final do primeiro semestre, será assinado o contrato do empréstimo de US$ 1 bilhão que o governo gaúcho começou a negociar há cerca de um ano. O presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, confirmou que a primeira parcela do empréstimo, no valor de US$ 500 milhões, deve ser liberada até 12 de junho.
A data havia sido mencionada pela manhã, numa entrevista do número 2 do banco, o diretor-gerente Juan José Daboub, com quem Yeda e os secretários Aod Cunha, da Fazenda, e Fernando Schüler, da Justiça, mais o secretário executivo das câmaras setoriais, Erik Camarano, se reuniram por quase uma hora na sede do Banco Mundial, em Washington. Ao longo do dia, Yeda e seus secretários tiveram sete encontros de trabalho com executivos do Banco Mundial.
Yeda saiu do encontro com Zoellick encantada com o grau de conhecimento que o presidente do Banco Mundial demonstrou ter do Rio Grande do Sul em geral e do projeto de empréstimo em particular. Zoellick encheu a governadora e os secretários de perguntas sobre o Estado. Queria saber mais da economia gaúcha, quais são as áreas de excelência, onde estão as inovações, o que será o carro chefe das exportações nos próximos anos. A governadora convidou Zoellick para visitar o Estado em maio, quando fará uma viagem ao Brasil, mas ele adiantou que será difícil porque ficará no país por apenas um dia e meio.
Ao final do dia, o secretário Aod Cunha confessou que estava aliviado:
- Devo admitir que eu estava um pouco agoniado. Sempre fica aquela tensão de falar as coisas certas, mas a receptividade não poderia ser melhor.
O Bird não vai apenas liberar recursos: o pacote prevê assessoria permanente de técnicos nas áreas que o governo julgar necessárias para o cumprimento das metas, que incluem a modernização da máquina administrativa e a criação de um sistema de previdência complementar que desonere a folha no futuro.
- Ficou muito clara a responsabilidade do Banco Mundial em nos dar esse empréstimo inédito de US$ 1 bilhão para pagarmos menos dívida e termos mais recursos para investir já a partir da assinatura do contrato - come orou Yeda.
Hoje, antes de iniciar a viagem de volta para o Brasil, Yeda terá reuniões com a diretoria e com o presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Luiz Alberto Moreno. Os secretários Aod Cunha e Fernando Schüler seguem em Washington para outras reuniões. Depois, Aod vai a Nova York se encontrar com investidores e ao Canadá, acompanhando o secretário do Desenvolvimento, Luiz Fernando Záchia.
Fonte: Zero Hora - ROSANE DE OLIVEIRA | Enviada Especial/Washington
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