Portas fechadas
17/01/2008
São remotas as chances de reabertura de um diálogo com o Judiciário e o Ministério Público, como pretende a governadora Yeda Crusius, para tratar da implantação do novo sistema de remuneração de juízes e promotores.
Ao vetar o projeto do subsídio - que em síntese aumenta num primeiro momento os vencimentos dos membros dos dois poderes e mais os dos defensores públicos - , Yeda anunciou que até 20 de fevereiro pretende apresentar uma alternativa que reduza o impacto financeiro desse novo sistema nas contas do Estado.
Será difícil convencer os magistrados e os procuradores de Justiça, que alegam que o projeto já foi modificado o bastante pela Assembléia. Nem a possibilidade de prorrogar o prazo para a aplicação do subsídio, prevista para março de 2009, será aceita.
- Não há mais espaço para negociação. Cedemos tudo o que podíamos. Chegamos ao limite - disse ontem o procurador-geral de Justiça, Mauro Renner.
O clima na Assembléia também é de fim de negociação. Com exceção dos deputados do PSDB, a tendência hoje é de os parlamentares derrubarem o veto da governadora pelo mesmo motivo alegado por Renner. Todas as mudanças feitas no projeto tiveram o aval de deputados tanto do governo quanto da oposição. Na avaliação dos parlamentares, a Assembléia não tem mais como recuar depois de ter conseguido construir o consenso.
Fonte: Rosane de Oliveira - Zero Hora
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