Michelucci não comparece a reunião sobre precatórios e frusta integrantes do Sinapers
14/03/2006
Convidado a falar na tarde desta segunda-feira (13) na Subcomissão dos Precatórios Judiciais da Assembléia Legislativa, o secretário estadual da Fazenda, Paulo Michelucci, não compareceu alegando compromissos funcionais. A ausência frustrou as cerca de 20 pessoas que foram à Sala Maurício Cardoso para ouvir a posição do governo sobre o atraso no pagamento das dívidas judiciais do Estado, mas, segundo o relator Jair Soares (PP), isso não atrasará a apresentação do relatório da subcomissão, cujo prazo regimental se encerra no dia 23 de março.
A reunião, que durou cerca de dez minutos, foi encerrada pelo deputado Jair Soares, que explicou a impossibilidade de realizar a discussão sem a presença do secretário. Uma ata declaratória foi redigida. O relator lamentou a ausência de Michelucci, que, segundo ele, seria fundamental para esclarecer alguns pontos sobre o atraso nos precatórios e também para que a Assembléia e o governo discutissem saídas para o problema. “A ausência do secretário Michelucci não vai modificar o nosso trabalho. Para cumprir o prazo regimental teremos de fazer o relatório sem a oitiva do secretário”, informou o relator.
Um grupo de pensionistas do Instituto de Previdência do Estado (IPE) estava entre os presentes na reunião. Lideradas pela secretária administrativa do Sindicato dos Servidores Públicos Aposentados e Pensionistas do Rio Grande do Sul (Sinapers), Nelly Ely Briebe, elas teciam uma grande manta batizada de Tricô dos Precatórios, uma forma de protesto contra o atraso no pagamento das dívidas judiciais. A manta já está com 52 metros de comprimento.
Segundo a líder do Sinapers, a manta deverá ser doada futuramente, mas antes disso as manifestantes pretendem enrolar o cachecol gigante em torno do Palácio Piratini. “A maioria de nós já tem 80 anos de idade e há pelo menos sete anos esperamos pelo pagamento de nossas ações. Por isso vamos continuar tricotando até que o governo decida nos pagar”, disse Nelly. “A nossa luta vai ser até o fim, não importa quanto tempo demore, mas esperamos que isso se resolva este ano”, completou.
Fonte: Assembléia Legislativa
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