Só na Justiça
06/03/2009
A certidão do Ministério Público Federal atestando que em pesquisa com o nome de Aod Cunha de Moraes Junior não foi encontrado registro de procedimento administrativo/processo judicial criminal significa exatamente o que diz o texto de oito linhas: ele não está sendo investigado. Até por se tratar de um pedido específico de apenas um dos citados nas denúncias da deputada Luciana Genro e do vereador Pedro Ruas, não é uma resposta capaz de encerrar o assunto.
Como na resposta à interpelação de Aod a deputada e o vereador pretendem reafirmar que as provas estão no MPF e na Justiça em Santa Maria, Aod e o advogado Gabriel Magadan não terão outro caminho: processá-los. Aod exigirá que provem a afirmação de que aparece em um vídeo que mostra a entrega de dinheiro de caixa 2 na campanha de Yeda Crusius em 2006.
O processo judicial foi o meio escolhido por outro citado nas denúncias, o engenheiro Humberto Busnello. O empresário decidiu processar dirigentes do PSOL por terem dito que ele fez uma doação de R$ 100 mil de caixa 2 para a campanha de Yeda.
Como Luciana tem foro privilegiado, o advogado Ricardo Giuliani pretende propor ação criminal no Supremo Tribunal Federal e ajuizar ação civil de reparação de danos morais em Porto Alegre.
No embate com os tucanos, Luciana ganhou um verdadeiro presente do deputado José Aníbal (PSDB-SP). Na representação que protocolou contra ela na Câmara, Aníbal diz que “ao Conselho de Ética não caberá discutir se as provas existem”.
– É inacreditável que eu seja acusada de fazer denúncias sem provas e eles não queiram vê-las – tripudiou Luciana diante da argumentação de Aníbal de que se as provas aparecerem ela deve ser punida do mesmo jeito.
(Fonte: Rosane de Oliveira - Zero Hora)
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