Em entrevista ao programa 'Espaço Aberto', da Rádio
Guaíba, a governadora Yeda Crusius admitiu ontem a possibilidade de
concorrer à reeleição em 2010. 'O povo decide se quer ou não continuar,
mas é natural, é da regra do jogo, que se possa ter um mandato renovado
a cada quatro anos, valendo para oito. Então, é uma candidatura
natural. Agora, se vai haver ou não, isso é o tempo que vai decidir.'
Yeda voltou a dizer que sofre preconceito por ser a primeira mulher a
governar o Estado. 'Existe uma diferença enorme em tratar uma mulher
governadora e um homem governador, eu não tenho dúvida.' Mas afirmou
que as pessoas contrárias à sua administração 'devem se acostumar,
porque ainda tem muita chão pela frente'.
A governadora participou também da tradicional abertura do 'Tá na
Mesa', da Federasul, para tratar sobre o déficit zero e as medidas de
gestão que possibilitaram o equilíbrio das contas do Estado. Mas, tanto
durante a coletiva quanto no almoço, fez declarações fortes sobre a
situação política, e encerrou sua fala com uma mensagem aos
adversários, que deixou muitos dos presentes com a sensação de que as
denúncias, feitas por integrantes do PSol há quase um mês, seguirão
tendo repercussões. 'A guerra, ela mata dos dois lados. Portanto, eu
quero evitar a guerra. Se ela vier, quero enfrentá-la sem armas, dentro
das instituições', resumiu, em uma alusão clara aos embates políticos
travados neste ano. Questionada se irá processar o PSol, disse que só
responderá quando tiver todas as informações às demandas que fez como
pessoa e em nome do governo.
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ANTÔNIO SOBRAL |

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Yeda usou frases fortes durante discurso no ‘T | |