A sessão de ontem da Assembleia Legislativa, que
aprovou o veto da governadora Yeda Crusius, durou cinco horas e quase
terminou em tumulto. Foi uma tarde de muitos discursos, que foram
aumentando o tom à medida que o tempo passava. Já eram mais de 18
horas, quando o deputado Paulo Odone (PP) subiu à tribuna para rebater
as críticas da oposição de que os deputados da base aliada estavam
'trocando sua consciência por obras em suas regiões' para votar a favor
do veto. 'Estamos votando com nossa consciência e em nome dos
verdadeiros servidores. Aqui não tem mensalão', provocou Odone, ao
final do discurso. As dezenas de servidores que lotavam um lado das
galerias não resistiram. Gritaram palavras de ordem, chamaram os
deputados governistas, entre outros adjetivos, de 'vendidos'. Os ânimos
se acirraram com a aproximação dos deputados Paulo Odone (PP) e Luiz
Fernando Záchia (PMDB) dos manifestantes. Houve início de tumulto. O
presidente da Assembleia, Ivar Pavan, teve que suspender a sessão por
15 minutos e reforçar a segurança. Alguns servidores foram retirados e
a sessão foi retomado para iniciar a votação. Do lado oposto, outras
dezenas de pessoas, identificados por deputados da oposição como
estagiários e CCs da Secretaria da Educação, davam suporte ao governo.
|
|
|

|
Servidores tiveram de ser contidos ontem
| |