A base, na teoria e na prática
13/03/2009
A análise do veto da governadora Yeda Crusius ao projeto de anistia no
corte da folha-ponto dos grevistas acendeu luz vermelha no Piratini.
Teoricamente, a base da gestão tucana é formada por 32 deputados, mas,
na prática, o Piratini trabalha com margem flutuante e conta
praticamente com o mesmo número de votos dos adversários, se somados os
parlamentares da oposição, os classificados de independentes, como o
Dem, e os dissidentes de partidos aliados. Os 27 votos que garantiram a
manutenção do veto não devem ser contabilizados como apoio certo em
votações futuras, já que o número somente foi alcançado após muita
pressão do Piratini e de lideranças partidárias, indicando que as
baixas na base podem ser ampliadas em projetos mais polêmicos que o
corte na folha dos grevistas, como as propostas de alterações no plano
de carreira do magistério e da previdência complementar, que irá mexer
com todas as categorias do funcionalismo público. E não para por aí. O
quadro para o Executivo ficará ainda mais delicado a partir de agosto,
quando a disputa pelo Piratini em 2010 e desembarques do governo
estarão em pauta, representando teste do fogo a já frágil fidelidade
dos aliados.
(Fonte: Taline Oppitz - Correio do Povo)
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